segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ilusões

Autor: Richard Bach


Gênero: Ficção
Editora: Paralela
Nº de Páginas: 208



"Nunca lhe dão um desejo sem também lhe darem o poder de realizá-lo. Você pode ter de trabalhar por ele, porém."




Livro contado em primeira pessoa. Richard é um nômade dos ares, viaja em seu Fleet [modelo de avião de 1930], e cobra três dólares por passeio nas cidades em que pousa [para manter algum sustento]. Sempre viaja sozinho, pois a solidão lhe agrada. Até que um dia encontra um homem que parece levar o mesmo tipo de vida que o seu, em um tipo de avião diferente, um Travel Air 4.000 [são dadas algumas especificações técnicas que pouco acompanhei por meu parco conhecimento sobre o assunto]. Richard se interessa pelo homem [que se chama Donald Shimoda], passa a viajar com ele e descobre uma nova maneira de pensar. Shimoda parece sempre ter uma resposta para tudo, além de falar por metáforas, levando seu colega a ter de raciocinar realmente antes de descobrir algo, o que é altamente recomendável, pois damos maior valor aquilo que conquistamos.

Ao longo da história, Shimoda revela ser o novo messias, muito aclamado e seguido por aqueles que desejam milagres. Revela, também, que não quer tal cargo e por isso viaja por aí [suspeita-se sempre que talvez ele tenha uma meta a cumprir], "desperdiçando" seu dom. No entanto, ele é uma pessoa que não escolheu esse caminho, e não quis ser obrigado a segui-lo [livre-arbítrio, como prega O Livro]. Richard não consegue acreditar de imediato, mas Shimoda começa a fazer coisas impossíveis como levitar coisas, ou fazer aterrissagens em espaços improváveis, ou andar sobre a água. O Novo Messias, não gosta das multidões, por isso passa pouco tempo em cada lugar. Ele acredita que qualquer um pode ser o messias de sua vida [o que levanta a questão do acreditar em si mesmo e batalhar pelo que se deseja], e passa a ensinar o caminho da "messiandade" a Richard.

As ilusões são o real, e o real é ilusão. Quantas vezes não supomos que há coisas insolúveis e deparamos com pessoas que as resolvem facilmente [vide a matemática e afins]. O fato é que não existe apenas uma realidade, e ser o messias é poder viajar por todas elas. Ainda mais que, se são uma ilusão nossa, nós devemos ter o controle sobre ela, e assim a poder alterar [simples em tese, mas amplamente aplicável na prática].

Autor: Richard Bach [1936, Illinois, EUA] foi piloto da Força Aérea Americana durante um período de paz entre as guerras da Coréia e do Vietnã. Dedicou-se a literatura, sendo um de seus livros mais famosos Fernão Capelo Gaivota, publicado na década de setenta, tendo uma adaptação para o cinema [muito horrível por sinal]. Gosta de voar, hábito que não perdeu, e, segundo ele próprio, não gosta de escrever, mas acaba sendo levado a isso por alguma ideia persistente. [Bem, que mais ideias o acometam...].



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C.P.: Todo o livro é uma grande metáfora. A vida é sua, está em suas mãos o poder de alterá-la, basta um pouco de prática. O mundo pode ser imenso e maravilhoso, ou terrível, depende do que você quer. O Grande Ser o criou, mas o deu a você, para fazer o que quiser [livre-arbítrio]. Acredito que o pensamento tem poder, portanto você atrai o que pensa, e esse é mais um livro que nos diz para não deixarmos nossas mentes no eterno vazio. Imagine e será seu, como o Messias primeiro, este não nos fala literalmente. A vida não é fácil, batalhe pelas respostas, se torne o senhor daquilo que possui. Adoro esta temática, é bastante positiva!! Outro livro de caráter semelhante é O Alquimista, de Paulo Coelho, [há também um (declaradamente auto-ajuda) que li, mas não lembro mais o nome...].



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