domingo, 28 de julho de 2013

Os Três Mosqueteiros

Autor: Alexandre Dumas, Pai

Tradução: André Telles e Rodrigo Lacerda

Gênero: Romance de Capa e Espada
Editora: Martin Claret
Nº de Páginas: 595



"Em geral, não se pedem conselhos - afirmava ele -, senão para os não seguir ou sendo seguidos, para ter a quem se possa lançar em rosto o tê-los dado."







"Todos por um e um por todos". D'Artagnan é um jovem gascão que deixa sua terra em busca de fortuna e aventuras, sendo seu desejo maior tornar-se mosqueteiro, servindo assim ao Rei Luis XIII, da França. Logo ao iniciar sua jornada ele se depara com um homem muito arrogante em uma estalagem, e por ter um gênio muito suscetível inicia uma luta de espadas, da qual sai realmente ferido e perde a carta que seu pai lhe dera como recomendação ao Sr. De Tréville, capitão dos mosqueteiros. Jura, então um dia vingar-se de tal homem, a quem viu a conversar com uma jovem, por ele nomeada Milady. Segue então para a capital, e se apresenta na Companhia dos Mosqueteiros, onde lhe é conseguido um cargo na guarda real, a qual deverá servir até que prove seu valor.




Nesta entrevista passa a ter conhecimento de três mosqueteiros muito unidos e chegados ao Sr. De Tréville [sendo quase tratados como filhos, tamanha sua camaradagem...]. Um deles, Porthos, estava gravemente ferido, mas seu orgulho não lho permitia mostrar isso. Terminada a entrevista, D'Artagnan segue o caminho de casa, quando então encontra o homem que o havia surrado. Sai correndo em seu encalço, e por acaso esbarra nos três mosqueteiros, um por vez, marcando um embate com cada um ao espaço de tempo de uma hora cada. As coisas acabam por se resolver de forma amigável, e D'Artagnan se torna amigo dos mosqueteiros [e logo é aclamado o líder, por ser incrivelmente inteligente e corajoso..].



A corte está dividida entre os leais ao Rei e os leais ao Cardeal, cada um tendo seu exército próprio, mas mantendo a aparência de serem grandes amigos. Há toda uma rede de intrigas, em que os mosqueteiros acabem se envolvendo, tanto por seus casos amorosos [fato curioso da época é que era comum as mulheres terem amantes, assim como os homens, mas de uma forma mais sofisticada. Apesar de serem elas a sustentarem os amados...] quanto por serem leais ao Rei. D'Artagnan é um imã para problemas, e acaba se vendo inimigo também do Cardeal, por conta de sua amada ser raptada. Assim, Athos, Porthos e Aramis, o seguem em suas batalhas para trazer de volta a amada e se vingar daquele primeiro homem, tendo ainda que lidar com uma linda e perigosa mulher, capaz de tudo para alcançar seus objetivos.


A história foi publicado em 1844, em forma de folhetim, no jornal Le Siècle, sendo posteriormente publicado em forma de livro e ilustrado por Vivant Beaucé. O romance se utiliza de fatos importantes ocorridos durante o reinado de Luis XIII. O título inicial da obra era Athos, Porthos e Aramis, mas foi alterado por sugestão do encarregado da sessão de folhetins, com anuência de Dumas, que achou que o título absurdo [afinal são quatro e não três mosqueteiros..] chamaria atenção para a obra. Com o sucesso atingido, Dumas resolveu-se por dar continuidade a obra, tornando-a uma trilogia: Os Três Mosqueteiros, Vinte Anos Depois e O Visconde de Bragelonne [donde foi tirada a história de O Homem da Máscara de Ferro!!!].




Autor:
 Alexandre Dumas nasceu na região de Aisne, França, em 1802. Seu nome de batismo era Dumas Davy de la Pailleterie. Trabalhou algum tempo produzindo artigos e peças teatrais, até conseguir se sustentar trabalhando como escritor em tempo integral. Gostava do estilo de vida extravagante, gastando mais do que tinha [a que tem muitos seguidores atualmente...]. Casou-se com uma atriz, Ida Ferrier, mas manteve casos com outras mulheres, tendo pelo menos três filhos fora do casamento [um desses filhos, que recebeu o nome do pai, seguiu a mesma carreira, sendo que hoje se os diferencia pelos epítetos "pai" ou "filho", empregados após o nome]. Outros romances de sua autoria são O Conde de Monte Cristo e A Rainha Margot






C.P.: Admirável o caráter cavalheiresco da França do século XVII, onde dar sua palavra era confiável, um ato de honra inquebrantável. Algumas características parecem meio fantasiosas demais, mas não tenho conhecimento suficiente para saber quanto era ficção, e quanto realmente cabia ao comportamento da corte da época. Ao que parece Luis XIII tinha sérios problemas conjugais, sendo que Ana de Áustria, sua esposa, amava um inglês, causando distúrbios entre os países. Na verdade, tudo parece a disputa amorosa de alguém em algum momento [Dumas era um romântico incorrigível ao que parece...]. O livro teve algumas adaptações cinematográficas [sendo inspiração para mais uns duzentos filmes], a última em 2011. Estar com a vida sempre a ponta de uma espada, e não temer o amanhã, sensacional!!!



Link para o livro:


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