sábado, 26 de janeiro de 2013

A Noite de São Bartolomeu

Com a morte de Henrique II da França, houve um enfraquecimento da monarquia, pois o país teve sucessores fracos. Coube então a Catarina de Médice governar em nome de seu filho, Carlos IX, que a época do massacre tinha 22 anos, e era manipulado pela mãe nas questões reais [devia ser uma pessoa sem muita personalidade...]. O Protestantismo havia sido importado dos ideais reformistas alemães de Lutero, e difundidas por Calvino na França [inicialmente por razões religiosas, como acabar com as indulgências e a idolatria (culto a imagens), mais tarde foi adotada também pela nobreza, que queria manter o status do "poder divino dos Reis". A pequena nobreza queria tomar possa das propriedades e riquezas acumuladas da Igreja, que deveria seguir o conceito de humildade...].

Assim o Protestantismo se espalhou pela Europa como uma nova religião que seria útil a muitos [os protestantes ou reformados, eram chamados de huguenotes]. Carlos IX não era adepto da nova religião, mas foi compassivo e até ajudou muitos dos huguenotes por incentivo do Almirante Coligny, que se tornara seu amigo [era um dos líderes dos protestantes, e dizia ao Rei o que ele desejava ouvir]. Catarina de Médice [a Rainha-mãe], não gostou de perder o controle sobre o filho, e consequentemente sobre o reino, mas estava disposta a paz com os protestantes [ou fazia parte de seu plano... essas intrigas reais...], celebrando o casamento de sua filha com o líder huguenote Henrique de Navarra. O casamento ocorreu em 18 de agosto de 1572, reunindo vários líderes protestantes na cidade de Paris.



Em 22 de agosto, Coligny foi baleado quando voltava pra casa. Os huguenotes se indignaram, querendo um parecer real sobre o caso [as suspeitas recaíam sobre os líderes do Partido Católico, o duque de Alba e/ou Catarina de Médice]. O Rei acuado e convencido pela Rainha-mãe de que eles planejavam uma rebelião, ordena o massacre dos líderes dois dias após o incidente, causando tumulto e revolta dos demais protestantes [que também se tornaram alvos, tendo suas casas listadas para o ataque...]. O caos se instaura, levando a morte de milhares de pessoas, e a notícia do massacre se espalha, levando o embate a outras cidades [Toulouse, Bordeaux, Lyon, Bourges, Rouen, Orléans, Meaux, Angers, La Charité, Saumur, Gailac e troyes]. Estima-se que o número de mortes esteja entre 30 e 100 mil protestantes franceses.

Henrique de Navarra sobreviveu ao atentado, mas teve de renegar sua religião e foi encarcerado no Louvre. Conseguiu fugir para o seu reino na Espanha quatro anos mais tarde, e mais alguns anos após subiu ao trono francês [ironicamente permaneceu católico, mas estendeu a mão da amizade aos huguenotes através de igualdade de direitos políticos por meio do Édito de Tolerância de Nantes]. Já Carlos IX, morreu dois anos após o massacre, de tuberculose [assim morre mais um Rei tolo... e as cordas de manipulação que o prendem são cortadas].


C.P.: E mais uma vez o desejo de se manter no poder da Igreja Católica e aliados, leva a mortes de milhares de inocentes. E tenho a dizer que pouco me importa se você cultua Deus, Allah, vários deuses, uma árvore ou em nada crê, mantenha sua crença e não a imponha aos outros, tampouco critique as demais escolhas. Ah, dia 24 de agosto é dia de São Bartolomeu [que teria sido um dos primeiros doze Apóstolos de Cristo].

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