sábado, 19 de maio de 2012

O Dia do Curinga

Autor: Jostein Gaarder
Tradução: Azenha Jr. João

Gênero: Sei lá! Algo como aventura + filosofia
Editora: Companhia de Bolso
N° de Páginas: 344


"Você já pensou que num baralho existem muitas cartas de copas e de ouros, outras tantas de espadas e de paus, mas que existe apenas um curinga?"



Um garoto chamado Hans-Thomas (12 anos) e seu pai, cruzam a Europa de carro em busca da mãe. Ela saiu de casa quando ele tinha quatro anos para "se encontrar". Como única pista de seu paradeiro possuem uma foto dela numa revista em Atenas.

Ao parar em um posto de gasolina para abastecer o carro são atendidos por um anão. Ao pedirem orientação, o anão indica um caminho que faz um desvio por um povoado chamado Dorf. Antes de partirem o anão dá uma lupa a Hans-Thomas.

Em Dorf o garoto para em frente a uma padaria, onde há um aquário na vitrine, do qual falta um pedaço do mesmo tamanho da lupa que lhe foi dada. Ao ver o garoto com a lupa, o padeiro o convida a entrar e lhe oferece quatro pãezinhos. Mais tarde Hans-Thomas descobre um livrinho pouco maior que uma caixa de fósforos, dentro do pãozinho maior. O livrinho está escrito em letras minúsculas, por isso Hans-Thomas o lê com a providencial lupa, durante a viagem.

O livrinho conta a história do próprio padeiro, de seu mestre e do mestre de seu mestre. Assim temos várias histórias, uma dentro da outra. Começa pela de Hans-Thomas e sua viagem, quando então ele começa a ler o livrinho, que conta a história do padeiro Ludwig, que já foi um soldado. Ludwig escreveu o livrinho, contando sobre seu mestre, Albert, que lhe ensinara a arte da panificação. Albert conta sobre seu mestre Hans [nome aparentemente comum], que era um marinheiro e naufragou numa ilha onde conheceu outro naufrago chamado Frode e uma sociedade organizada [!?!] de acordo com a hierarquia de um jogo de baralho. Frode passara tanto tempo naquela ilha, tendo somente um jogo de baralho com que se distrair, que passou a conversar com as cartas e atribuir-lhes personalidade. O baralho foi ficando velho e desbotado, e Frode se entristeceu porque ia perder seus companheiros. Um dia viu o Rei de Copas e o Valete de Paus andando, e logo surge todo o baralho.

O baralho cria vida pela da vontade de Frode de não estar só. Hans também é capaz de vê-los e conversar com eles (todos são anões que se vestem de acordo com seu número e nipe).

O mais interessante é que, no fim, todas as histórias estão de alguma forma conectadas. Também gostei da alusão ao abuso de bebidas alcoólicas como um limitador mental. Na ilha, todas as cartas [exceção  do Curinga] tomam uma Bebida Púrpura que ingerida em excesso destruía a mente. O pai de Hans-Thomas também tinha um fraco por bebidas alcoólicas.





O Autor:


Nasceu em Oslo [Noruega], em 1952. É um escritor filho de um casal de professores e intelectual norueguês. Autor de romances filosóficos, contos e histórias.

Na Universidade de Oslo Gaarder estudou línguas escandinavas e teologia. Antes de lançar sua carreira de escritor dava aulas de filosofia na cidade de Bergen. Estreou como escritor em 1986, tornando-se logo um dos escritores de maior destaque de seu país. A partir de 1991, ganhou projeção internacional com O Mundo de Sofia, traduzido para 42 línguas.


Link para o livro: O Dia do Curinga


C.P.: Fato interessante: o pai de Hans-Thomas coleciona curingas. Eu também coleciono, antes mesmo de ler o livro.

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